No outro dia chegaram cá a casa uns convidados muito especiais que vieram por duas semanas. A missão que os trouxe a São Tomé é complexa mas para resumir a coisa, vieram através da Escola de Mar para trabalhar com baleias e golfinhos. E para fazer isso é essencial fazerem saídas de mar.
Nós estávamos disponíveis. Eles convidaram. Lá fomos nós!
Acordámos especialmente cedo para estar na sede da Marapa às horas combinadas e antes de subirmos para o barco as expectativas já estavam altas. Afinal de contas, esta é a melhor altura do ano para se verem as baleias-de-bossa.
O dia estava meio nublado o que dificultava o avistamento dos bichos, mas depois de passarmos o ilhéu das cabras e seguirmos a indicação de um pescador na sua canoa, não tardámos em ver um sopro a rasgar o horizonte.

Passámos o tempo todo de volta de duas baleias que tudo levava a crer serem mãe e filha; apesar de às vezes parecer que havia uma terceira (possível macho).
Muita fotografia se tirou aos sopros e às costas destas duas, até que subitamente, assim do nada, sem qualquer aviso, aconteceu isto!

Vi a cena a desenrolar-se em câmara lenta. Num instante estava ali na proa, em pé, com a máquina preparada. No outro vejo pelo canto do olho o Chico a gritar e a apontar sei lá para onde! Uma chuva de disparos seguiram-se: Tchik, tchik, tchik, thick! A baleia a girar sobre si própria. As barbatanas, o branco, os desenhos, e um splash enorme! Que imensa brutalidade! Sorri até não dar mais, adorei mesmo. Não só por ter tido o privilégio de ver um bicho daqueles a saltar, como de o ter conseguido registar.
Fabuloso! Parabéns !
ResponderEliminarAo menos que o sacrifício dos frames iniciais tenham valido de alguma coisa, quando resolvi apontar antes de fotografar!
ResponderEliminarQue inveja...parabens!
ResponderEliminarBastien