segunda-feira, 17 de setembro de 2012

No rasto das tartarugas

Barco a sair da capitania. Lá ao fundo o barco que
faz o trasfer entre as duas ilhas.
    Partimos cedo da cidade de Santo António. No barco: barbatanas, fatos de mergulho, pesos, espingardas de pesca, e pouco espaço para meter os pés; afinal éramos seis lá dentro.
    O plano do dia seria fazer uma ronda às praias do sul da Ilha do Príncipe para poder estimar a actividade das tartarugas que vêm para depositar os seus ovos.

A Joana a descodificar quatro rastos a cruzarem-se na areia!

   Sempre que víamos um rasto era preciso começar um autêntico trabalho de detective a fim de se perceber o que aconteceu ali. Uma meia-lua na areia traduz-se numa visita de exploração, um carril a terminar na floresta um possível ninho. Através dos rastos pode-se também saber a espécie da tartaruga já que há umas que deixam um rasto simétrico e outras assimétrico.

Tronco na Praia Grande
    As praias do Príncipe são autênticos postais de agências de turismo, tão paradisíacas e imaculadas que o simples acto de tirar uma fotografia parece por em risco a sua beleza.
Ilhéu do Boné de Jóquei
    E depois do trabalho feito, os rapazes foram fazer pesca submarina para ganhar uns dinheiros e nós aproveitámos e fomos fazer snorkeling. A visibilidade é simplesmente de doidos e as rochas gigantescas e cobertas de peixe. Por todo o lado se viam mais e maiores espécies que encontrei já por São Tomé, e no meio daquilo tudo, vimos uma tartaruga! Claro que tinha que ir lá a baixo vê-la e fotografá-la!


    A tartaruga estava muito calminha e foi fantástico vê-la a "voar" para longe com tanta serenidade... se ao menos tivesse mais ar nos pulmões para ir atrás dela!

O barco depois de um dos mergulhos


    Noutra zona encontraram ainda outra tartaruga e desta vez o Lindo disse que ia lá a baixo buscá-la só para eu o filmar. Ele mergulhou sem esforço nenhum (e sem compensar os ouvidos!?), e eu enchi os pulmões até não dar mais e fui lá a baixo ter com ele.

Tartaruga Sada (Eretmochelys imbricata) anilhada.
    Como se não bastasse estar a vê-la de tão perto, ainda tivemos a sorte de já ter sido anilhada e a Joana conseguiu obter mais dados.

2 comentários:

  1. A que profundidade estava a tartaruga? Parece bem fundo! Não lhe perguntaste como se compensa sem mascara? Só podia estar super apertada! Não vejo outra maneira =P

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    1. Ui não faço mesmo ideia da profundidade... e isso do descer sem compensar foi o que eles me disseram mas ao ver o video novamente, parece-me que ele leva a mão ao nariz por isso já não sei...

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