sábado, 25 de agosto de 2012

Apresentação na Fundação da Criança

 Numa das nossas raras deambulações pela cidade cruzámo-nos com o pessoal da Fundação da Criança que, resumindo muito a história, acabou por me convidar para fazer uma apresentação às crianças da Roça Diogo Vaz. Como eu já tinha uma apresentação ensaiada nas muitas comunidades do projecto, aceitei sem problemas.
 Enquanto conduzia em direcção à Roça juro que não sabia o que esperar. Pensava apenas que se fossem muitas crianças, não ia ter feijões suficientes para fazer o segundo jogo da apresentação, e que ainda tinha que ler um pouco as cábulas, mas quando cheguei e fui calorosamente recebido pelos miúdos, todas as preocupações simplesmente desapareceram. Já me chamavam pelo nome antes de sair do carro, apertos de mão, perguntas, todos muito curiosos e a tocar e a mexer, senti-me logo parte do grupo.

Eu a falar muito rapidamente da origem vulcânica da ilha.
 A apresentação correu bastante bem e acho que eles também gostaram, ainda que tenha notado que algumas mensagens possam não ter passado tão bem quanto eu queria... é que eles eram apenas 11 mas pareciam 50!

Eles vivem num hospital reabilitado por isso tudo é extremamente espaçoso e tem imenso potencial.

Um dos muitos desenho na parede. A casa ainda estava a ser decorado por isso só posso imaginar como ficará daqui a uns tempos.

Todo o espaço está equipado com livros, cassetes de video, brinquedos e tudo o que se poderia esperar numa casa dedicada a acolher crianças.

Vista a partir da rua

 No final da apresentação ainda ficámos lá a brincar com eles. Ensinámos o jogo da sardinha, da luta de polegares, jogámos ao ninja, aprendemos apertos de mão; adorei aquilo tudo. Não queria mesmo vir-me embora e notava-se que eles também não. "Vai dormir aqui?" Perguntavam eles. "Quando volta?"
 Não foi fácil vir-me embora quando me sentia tão bem lá, ainda que houvesse a confusão típica de uma escola de primeiro ciclo. Mas é que estar lá a ensiná-los e a brincar fez-me sentir realmente bem; como se aquilo fosse a coisa certa a fazer, não era preciso ter mais duvidas e inseguranças quanto ao futuro.
 Confesso que não me vejo a trabalhar num projecto assim mas se acontecer, sei que me faria muito feliz.


3 comentários:

  1. Bem, é sempre bom ter uma ideia daquilo que te fará feliz no futuro! Por isso venham mais experiências dessas :)

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  2. Podes nem trabalhar nisso no futuro mas já ficas-te a sentir como isso é importante! Em qualquer projecto que trabalhes, qualquer coisa que faças, podes sempre puxar por esse lado mais social e comunicativo da coisa :)

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