domingo, 26 de agosto de 2012

De prau até às baleias

 Ontem fomos novamente "às baleias", mas desta vez a saída teria lugar no Sul da ilha, mais precisamente em Porto Alegre. Como de manhã há uma tendência maior para o mar estar mais calmo (o que facilita o avistamento dos bichos), tivemos que acordar às 4:30 para descer a costa nas calmas e chegar às 8:00 ao ponto de encontro, a loja do senhor Vado onde se encontra também a recepção do Jalé Ecolodge. O número do senhor é o 9917802.
 Foi aí que esperámos pelo o pescador que nos levaria até às baleias. Quando ele chegou pagámos-lhe 300.000 STD (12€) para comprar gasolina e depois de gastar mais um pouco para comprar um almoço rápido ao Vado, lá fomos nós!
 O barco do senhor é um prau, uma canoa sólida com um "acrescento de lado". Tomei a posição da frente, barbatanas de mergulho aos pés (não fosse raspar uma baleia junto ao barco e podermos nadar com ela!) e a mochila por cima disso tudo. E claro que mal saímos da segurança de Porto Alegre, a primeira onda molhou logo a mochila que tinha uma série de coisas que não gostam lá muito de água por isso tive que a passar para as traseiras. À frente ficaram só coisas à prova de água: as barbatanas, a outra máquina fotográfica, e eu.
 Mais uma vez foi uma indicação de um pescador que nos colocou na direcção certa e não foi preciso esperar muito até vermos as primeiras baleias saltitonas no horizonte. Elas atiravam-se de cabeça, batiam com as barbatanas, saltavam totalmente fora de água, mas estavam tão longe... tínhamos que chegar mais perto... e assim o pequeno barco aproximava-se mais e mais. As ondas batiam na proa, as minha t-shirt já estava toda colada ao corpo, mas estávamos cada vez mais perto.

 Esta foi a minha melhor fotografia da saída. A malandra apareceu subitamente à frente do prau, só para desaparecer instantes depois. Quem tinha a máquina pronta apanhou. Quem não tinha, paciência! Ainda houve um salto bastante perto do barco mas julgo que ninguém o conseguiu apanhar... ainda assim foi absolutamente brutal! E estar a ver tudo aquilo a partir de um prau minúsculo só melhorou a experiência.

 No final cada um de nós deu 100.000 (+-4€) ao pescador que nos transportou por isso toda a aventura ficou especialmente barata em comparação com a alternativa oferecida pela Marapa.
 Preço por pessoa: Prau do pescador - 8€ Vs 30€ - Marapa.
 Claro que a aventura também foi mais molhada - se a minha máquina não fosse à prova de água não me parece que teria sobrevivido. E não havia coletes salva-vidas. E o barco abanava muito mais por isso quem sofre seriamente com os enjoos deverá considerar também este factor.

2 comentários:

  1. Molhava de mais para haver câmaras a bordo =P Pelo menos as que não são à prova de água.
    Vimos a baleia deslizar por baixo do prau e não se conseguiu filmar!

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  2. ...e não havia coletes salva vidas, mas vocês são doidos?? Só para pouparem alguns euros? Que irresponsabilidade!

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