Finalmente consegui acompanhar a equipa de taxonomistas norte-americanos numa curta saída de campo. O objectivo inicial era espalhar a mensagem que eles precisam de encontrar um sapo em particular na zona de Monte Café por isso servi de tradutor e, com a ajuda do Gabriel, (local e assistente do projecto dos pombos) converti a necessidade deles em acção. Imagino que nos próximos dias as criancinhas de Nova Moka redescobrirão a maioria dos charcos e poças da zona.
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O interior cavernoso de uma figueira estranguladora. Estas maravilhas basicamente germinam no topo de outra árvore e crescem até cobrirem a hospedeira na totalidade, acabando por matá-la. |
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Hipposideros ruber |
À medida que o grupo ia subindo e suando, escorregando e rindo, o Brian ia revirando troncos em busca da famosa cobra bobô, uma cecília endémica de São Tomé que apesar do nome, é um anfíbio completamente inofensivo. Mas ao fim de umas quantas tentativas, o que acabámos por encontrar foi esta fantástica minhoca gigante! A sério, a coisa quando começou a fugir tinha à vontade o comprimento da minha mão!
Ai ai, que fantástico exemplo de evolução convergente - por serem sujeitos a pressões evolutivas semelhantes, bixos com passados evolutivos distintos adquirem formas semelhantes.
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Caminho em direcção à Lagoa Amélia |
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Begónia gigante, a maior do mundo e ainda por cima um endemismo São-tomense |
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Cratera da Lagoa Amélia vista dos bancos |
Até que finalmente chegámos até à Lagoa Amélia (uma antiga cratera vulcânica completamente coberta de vegetação). Existe um caminho até lá a baixo que podem tomar. Vá lá, se já subiram isto tudo bem que podem continuar e ver a "lagoa" mais de perto! Mas atenção, quando lá chegarem tenham cuidado com os pés porque apesar das aparências, ela ainda é funda. Não queiram acabar como a Amélia...
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Cratera da lagoa Amélia
E para terminar em beleza, uma feliz Páscoa para todos!
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