Tirada através do vidro do carro. Choveu o dia inteiro. |
Da última vez que lá estivemos
eu lembro-me perfeitamente de não ter dormido nada por causa de uma missa dos
Adventistas do Sétimo Dia e de uma hiace que se fartou de buzinar para chamar e
levar as pessoas para o mercado na cidade. Ambas as coisas aconteceram ainda de noite
e bem perto das minhas orelhas. Mas desta vez dormi que nem uma rocha, um tronco, algo verdadeiramente inabalável. Não sei
se foi do vinho de pacote que estivemos a beber à luz da vela ou se foi por
estar todo enrolado no saco-cama estilo casulo mas não houve nada que me
acordasse antes do despertador.
A contagem de aves seguiu-se e aconteceu um par de coisas que me pareceu comporem uma boa
metáfora para a vida:
No início ainda via o
Nity a apontar-me os perigos que ele encontrava pelo caminho mas à medida que eu ia vendo coisas que me prendiam o
olhar fui ficando para trás para as fotografar.
Matemática elementar: Bananeira + Nascer do Sol = Fotografia fácil. |
Quem é a jita mais linda, quem é? A pequena portou-se tão bem que até consegui mudar a objectiva e as definições todas com a outra mão. |
Ele foi-se afastando e quando o
primeiro cruzamento veio tive que recorrer às minhas skills para lhe encontrar
o rasto.
Caminho 1: Inclinado,
super escorregadio mas parecia ter sido remexido.
Comecei a subir mas
como achei difícil de mais e ainda me restava tentar o outro caminho, desisti e
voltei para trás.
Caminho 2: Plano e
relativamente fácil mas a certa altura deparei-me com uma teia de aranha enorme
mesmo a meio. Se ele tivesse passado por lá, certamente que não a teria visto e
tinha-a destruído.
Regressado ao cruzamento
vi que havia ainda uma terceira hipótese… ok, está na hora de soltar o meu uivo de Tarzan.
– OI!!
.
.
.
.
.
.
– … oi!! – Respondeu uma
voz distante, pouco depois. Vinha de cima, do caminho mais difícil.
– OI!? – (É mesmo por
aqui?)
– …Oi! – (Sim, podes
vir.)
E pronto, lá subi e emporcalhei-me todo mas encontrei o Nity no final.
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