Ontem foi mais uma noite de caça aos sapos, desta vez na zona de Java. Eu e a Rayna partimos sem grandes indicações - procurar e apanhar sapos a 500m de altitude - mas quando chegámos ao sítio só havia estrelas, grilos e casas com a luz apagada. Como não queríamos estar a acordar ninguém com um pedido tão ridículo como "onde é que está o rio? Temos que ir apanhar sapos..." acabámos por ter que procurar sozinhos.
Conduzindo lentamente, com a cabeça fora da janela, avançávamos pela noite a dentro. Passei mais tempo a olhar para cima do que para a estrada... estava um céu estrelado completamente fora deste mundo e o vento fresco e húmido trazia-me um sorriso que dava que pensar: "quem me dera que fosse sempre assim, simples, receber um convite e ir para o campo à procura de sapos".
O jipe avançava ruidosamente, pisando as pedras debaixo dos pneus, abocanhando as borboletas atraídas pela luz, curva e contracurva, assim foi dançando pela noite a dentro.
No final não conseguimos apanhar rigorosamente nada (imagino que os sapos não se importem) mas deixo-vos esta fotografia pensada por mim e concretizada pela Rayna mais o seu frontal absurdamente potente.
Ó João, é aí que fica o Paraíso? Por estes lados, céu estrelado como deve ser só consigo no Alentejo e mesmo assim...
ResponderEliminarKeep up! Abraço!